16 de fev. de 2018

SERÁ O FIM DA BOA MÚSICA?

Por Michel Sales

Como é gratificante ter um acervo de vinis, fitas K7, CDs, DVDs... Sou um colecionador convicto de produtos originais, porque vejo magia na arte completa, apinhado de versos, retratos, rabiscos, cores e signos diversos. 

O todo de um disco me diz muito e representa o tempo e a continuidade das bandas, sejam elas de Forró, MPB, Rock, Metal, Bossa Nova, Samba, Pop, etc.

Com o advento da tecnologia sempre se atualizando, as mídias digitais alcançaram mecanismos que muito agradam os jovens. Aparelhos como celulares, flash-drives, box de música portátil, entre outros, tem compactado o universo musical espalhado na internet, fazendo com que o publico atual se disperse do todo oferecido na produção de um disco. 

Os tempos de hoje são assim, de música e de muitos artistas descartáveis. No mais, ainda restam aqueles que se empenham em manter o legado da arte participativa, colecionando Vinis, CDs, Fitas, absorvendo com inteligência a boa música, porque além dela ser dignificada, deve ser bem apresentado.

É triste ver a educação das pessoas indiferente da cultura musical que se mostra ‘tocante’, literalmente. Observar que a maioria despreza o prazer e a riqueza de poder manter uma coleção com entendimento e afinco.

Os bons instantes definham na memória sem lembranças, quando não se tem música na vida com tudo que ela oferece. O filósofo Friedrich Nietzsche já dizia: “Sem a música a vida seria um erro”. Com esta frase ele também expressa o todo representado na boa música, que para a maioria já começou a findar, sem um futuro próximo, sem uma história, sem um testamento.

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