6 de fev. de 2013

RORAIMAROCKNROLL PELO MUNDO: THE WHO NA CALIFÓRNIA


Na estréia da coluna RORAIMAROCKNROLL PELO MUNDO, a acadêmica de Antropologia MARINA MAR compartilha com o leitor do blog Roraimarocknroll as emoções de presenciar um show inesquecível da lendária banda inglesa THE WHO, tocando na íntegra o álbum clássico QUADROPHENIA, de 1973, na Califórnia – EUA.


No dia 30 de janeiro, peguei um trem rumo a Los Angeles, mais precisamente em direção ao Staples Center. Esse ginásio é a casa dos Los Angeles Lakers aqui na Califórnia e também já foi palco do funeral do Michael Jackson. Minha jornada era em direção a um espetáculo: o show do THE WHO! 

Cheguei ao estádio, um lugar enorme com os lugares marcados por cadeiras, na quais você checava sua fila e cadeira no ingresso e sentava. Precisamente às 20:30 sobe ao palco The Who, banda britânica que vem embalando gerações desde 1964 com seu rock britânico. 

Logo na turnê “Quadrophenia and more” 

The Who está na turnê “Quadrophenia and more”, o álbum de ópera-rock de 1973 completa aniversário esse ano e está sendo celebrado desde então. Pete Townshend revive a idéia do álbum autobiográfico de um menino se tornando homem em plena Segunda Guerra Mundial e Roger Daltrey encontra-se em plena forma física e com uma voz mais potente do que nunca. 

A banda contava com uma sessão de metais, três tecladistas e outro guitarrista, Simon Townshed, irmão de Pete. O som estava perfeito e o instrumental fazia tudo parecer enorme e as ondas sonoras conduziam sensações indescritíveis. 

Chegando no Staples Center, mal imaginava o que me esperava 

O público, como era de se esperar, foi altamente receptivo e vibrou com a incrível entrada da banda que começou tocando o álbum Quadrophenia, o que tomou a maior parte do show. Ao passar cenas do 11 de setembro, a comoção americana em relação ao fato se tronou presente e pude ver muitas pessoas emocionadas. 

A banda em meio a todo esse espetáculo homenageou o baterista Keith Moon e o baixista John Entwistle, ambos da formação clássica, numa incrível jam entre telão e a “vida real”. Momento indescritível onde palavras e fotos não conseguem captar aquela sensação que uma banda como The Who é capaz de oferecer: a transcendência. 

Encerraram a noite com “Who Are You,” “Behind Blue Eyes,” “Pinball Wizard,” “Baba O’Riley” , “Won’t Get Fooled Again” e “Tea & Theatre”, canções nas quais as pessoas se levantaram das cadeiras para aplaudir em pé. 

The Who , simplesmente The Who 

A idade média das pessoas no show devia ser de uns 35 para cima e isso me põe em questão o que essa minha ‘’generation’’ tem feito da produção artística, dos meios de comunicação e de quem faz arte, pra quê e pra quem é feita essa arte. Questões essas que têm que ser vistas em relevância onde meios de comunicação de “massa” empurram toneladas de lixo nas pessoas todos os dias, será essa uma nova forma de produção artística? No mesmo Staples Center o próximo show é o da cantora Pink, mas acho melhor ficar com o The Who mesmo. 

Pete Townshend e sua guitarra: um verdadeiro show de rock 

Passar o show inteiro sentada foi uma sensação esquisita, afinal só tinha tido experiências similares a essa no Brasil ao assistir orquestras, mas isso não importou. O que fica é a memória surreal pós-show que sim, eu estava lá, por mais incrível e inacreditável que me pareça agora. 

por Marina Mar, direto da Califórnia, para o Blog Roraimarocknroll.


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