10 de fev. de 2013

A GRANDE TRAPAÇA AÉTICA E IMORAL ARMADA PELO FORA DO EIXO NO FESTIVAL GRITO ROCK SP



Há duas décadas o nosso querido “inimigo cordial” André Barcinski (hoje atuando como jornalista/blogueiro e crítico de música e cinema na Folha online) causou tumulto na imprensa brasileira ao resenhar o álbum “Titanomaquia” (dos Titãs) para a extinta revista Bizz, que então estava no auge, construindo e destruindo mitos da noite para o dia. Com muito bom humor, Barça imaginou uma hipotética reunião no escritório dos Titãs e onde os integrantes da banda discutiam sobre como deveria ser seu novo disco. O texto ficou hilário e se tornou um clássico do recente jornalismo musical brasileiro.

Pois então: vinte anos depois Zap’n’roll vai aproveitar a idéia do crítico da Folha, onde estas linhas bloggers sacanas também vão compor um diálogo imaginário que teria rolou na cúpula da máfia do FDE em Sampa, e que tenta entender e explicar ao nosso dileto leitorado como surgiu mais esta empulhação/armação total aética e imoral, patrocinada pela ONG Fora do Eixo, e que se transformou no tal festival Grito Rock SP, que começou na última sexta-feira em São Paulo (no auditório Ibirapuera, um dos espaços nobres da cidade para a realização de shows) e termina hoje, domingo, 10 de fevereiro, quando esse texto está sendo incluído neste post, finalizando-o. Vamos lá!


(um domingão qualquer, final de 2012, na mansão “sede” da cúpula da organização mafiosa Fora do Eixo, no bairro do Cambuci, em Sampalândia. Enquanto no salão do fundo da mansão rolam shows com bandas que ninguém conhece e que tocam no “domingão” da Casa recebendo o “generoso” cachê de duas Sol latão pelas apresentações, dentro da casa rola mais uma interminável “imersão”, sempre comandada pelo “cappo” mr. Capilé. Desta vez, discute-se a realização do festival Grito Rock SP, a ser realizado no carnaval)

Mr. Capilé: temos que fazer bombar o Grito Rock SP, pessoal! Já está tudo acertado! Conseguimos aprovar um projeto junto à Secretaria Municipal de Cultura (via Lei de Incentivo) que nos garantiu uma GORDA verba para realizar o evento. O curador vai ser o nosso “querido” Alex Lilith Antunes, que aliás está de parabéns pois trabalhou muito bem!

Um dos integrantes da “imersão”: o que ele fez na curadoria? Quem ele escolheu? Quem vai tocar, afinal?

Capilé: Ora, para aprovar um bom projeto de captação de muita grana tivemos que ser espertos, como sempre somos aliás, hehe. Então ao invés de chamarmos bandas toscas que ninguém conhece, fizemos o certo dessa vez. O Lex colocou o Lobão de convidado numa das noites e o Edgard Scandurra pra fechar a outra. Dois ícones do rock mainstream nacional dos anos 80’! Mas agora eles são “independentes” como a gente, não é o máximo?

Outro integrante da “imersão”: mas… quanto vai custar isso pro FDE? Porran, Lobão, Scandurra…

Capilé: ué, vai custar nada! A grana que conseguimos cobre tudo e ainda vai sobrar pro FDE.

(começa um zunzunzun entre os participantes da “imersão”. Um deles comenta sobre valores de cachês das “estrelas” que irão participar do GR)

Participante da imersão: ouvi dizer que tanto o Lobão quanto o Edgard Scandurra estão com cachês em torno de R$ 30 mil reais, cada um. Os dois somados dão mais de 60 mil. Fora a Cida Moreyra, o Thiago Petith e todo o resto. Se somarmos tudo isso vai pra mais de cem mil reais. Não é muita grana? Quanto conseguimos arrecadar na captação de recursos, afinal?

(o cappo do FDE fica tenso) Mr. Capile: olha, isso eu não posso falar mas garanto que o dinheiro dá e sobra. E o Lex fez um ótimo trabalho de curadoria, pra isso ele recebeu um gordo cachê também, que vai permitir que ele pare por um tempo de usar internet em lan house e ficar ligando pros outros a cobrar, de orelhão.

(um outro integrante da “imersão” começa a demonstrar insatisfação com a história): Mas poxa vida! E por que as bandas mais alternativas foram deixadas de fora do evento? Por que nenhuma foi escalada pra tocar abrindo pro Lobão ou pro Scandurra? Você, chefe, não diz sempre que as bandas têm que dar o sangue pelo FDE e fazendo assim, as bandas sempre terão reconhecimento e espaço garantido nos festivais promovidos pela entidade?

Mr. Capilé (irritado por estar sendo confrontado): escuta rapá, esse Grito Rock no auditório Ibirapuera é um caso especial e à parte. Ali temos que botar peixe grande pra dar uma satisfação à Secretaria da Educação (senão a gente não conseguia o dindim) e também à mídia rancorosa e marrom que está no nosso pé, com esses bloguinhos de merda do tal Dum de Lucca e a Zap’n’roll, daquele porra do Finatti. Então dessa vez as bandas que lutam pelo FDE ficarão de fato de fora. É uma questão puramente memética. Mas elas sempre terão espaço nos domingos aqui na sede da Casa Fora do Eixo. E ainda continuam com as duas Sol latão de cachê. Porra, o que mais vocês querem???


O “Grande Chefe” do FDE (acima, ao lado da Presidente Dilma) e o gordo e picareta Lex Lilith (abaixo), o “curador” do Grito Rock SP 2013: uma dupla do barulho, uia!



(tumulto na reunião. Um integrante de uma banda qualquer mostra indignação de verdade e dispara contra Capilé): Pois eu acho isso uma PUTA duma sacanagem com as bandas que estão sempre aqui, tocando de GRAÇA pra vocês! Quer dizer que pra tocar nessa espelunca aqui da Casa Fora do Eixo a gente serve. Mas na hora de termos a oportunidade de mostrar nosso trabalho em um lugar como esse Auditório Ibirapuera e ao lado de um cara conhecido como o Lobão, não pode? Qualé? Eu acho isso aético, escroto e amoral com as bandas que dão o sangue pelo FDE. E esse Alex Antunes, que não passa de um fofoqueiro e picareta, quanto tá levando nessa “curadoria”?

(mr. Capilé explode de cólera): quem é você pra falar isso aqui? Seu pau no cu! Vai tomar no seu cu! Estou em CRISE DIPLOMÁTICA com você e sua banda e ORDENO que se retire IMEDIATAMENTE do Fora do Eixo!

(chega Alex Antunes na sala, com o seu habitual riso mongolóide, sua pança enooooorme e sua careca lustrosa): hehehehehe, calma, não vamos nos exaltar! Eu tinha que por nomes conhecidos na programação, senão não iríamos ter a grana pra fazer o festival. E eu ganhei pouco pra fazer a curadoria, “só” vinte mil reais. Eu PROMETO que vamos fazer outro festival tão bacana quanto nos próximos meses, aqui mesmo em São Paulo, e daremos som e luz decente pras bandas e iremos aumentar o cachê delas pra TRÊS Sol latão. Que tal?

(os integrantes da imersão debatem a proposta. Uns contra, outros a favor).

Integrante de banda a favor: se for isso mesmo eu topo. Porque toda vez o som e a luz que vocês arrumam é uma droga. E se aumentar mais uma Sol latão já dá pra matar melhor a sede.

Integrante de banda contra: negativo! Queremos som e luz decente e pelo menos cem mangos de ajuda de custo além das Sol latão. A vida tá cara, comer custa grana e cerveja não mata minha fome.

Mr. Capilé: CEM REAIS além das Sol latão? Que isso rapá, você quer levar o FDE à falência? Assim eu não posso passear na Europa! O dinheiro das minhas viagens tem que sair daqui! Do meu bolso é que não vai sair!

(a reunião termina, depois de DOZE HORAS de imersão, com todos sendo OBRIGADOS a acatar as decisões do Grande Chefe. Quem não concorda, rua! E sem sequer Sol latão de compensação, rsrs)

Lembrando: este é um diálogo imaginário, de uma reunião imaginária. Mas que tem tudo para ser real, no final das contas. Alguém aí duvida disso?

Humberto Finatti. www.zapnroll.com.br.

* A opinião deste artigo é de responsabilidade do seu autor e não reflete a opinião do Blog Roraimarocknroll


CLIQUE AQUI e leia a publicação completa do blog ZAP N' ROLL que ainda comenta sobre a cena rock roraimense e os seus destaques.


4 comentários:

Alexandre Horta disse...

O que falta para bandas que questionam a atuação dos dirigentes da ONG pedir uma auditoria? Isso ta muito sinistro....

Anônimo disse...

Nossa... estou de queixo caído e indignado!

Anônimo disse...

é bem poraí mesmo.

Cesar... disse...

acho que nessa aí só o MP pra dar uma geral em tudo que está por tras dessa mafia cultural