Novo grupo do rock roraimense uni medalhões do rock, som pesado, poesia, com um tempero regional, prontos para arrebatar uma legião de headbanguers e rockers em 2013. Conheça o grupo Ditambah, a nova promessa do rock do extremo norte do Brasil.
Por Victor Matheus.
A história do rock n’roll é recheada de capítulos escritos por super grupos formados por remanescentes de bandas que saíram da ativa ou projetos paralelos que se tornaram tão grandiosos como os projetos principais. Entre esses grupos podemos citar o Audioslave, Concreed Volture, Heaven & Hell, Chiken Foot e Guns “Axl Centro do Universo” N’Roses.
Em Boa Vista nasce uma banda com esse status simplesmente porque seu D.N.A é compartilhado por músicos e artistas extremamente gabaritados para fundir dois universos aparentemente distantes para os coxinhas de plantão, porém extremamente interligados no mundo da música: A poesia e o rock pesado. Esse “super grupo” foi batizado na brasa do tambaqui, com tempero de damurida, sob a lua da terra de Macunaíma e com a bênção intergaláctica dos deuses do rock pesado. Esse é o DITAMBAH.
A DITAMBAH é formada pelo poeta e performer RODRIGO MEBS, nos vocais (conhecido do público local por suas intervenções poéticas nos shows de outra banda local – Veludo Branco), HUMBERTO CABELLERA, na bateria (ex Zone of the Fear – emblemática banda local de som pesado do início da década de 90 e também ex banda Garden), JORGE HOLLANDA, no baixo (ex banda Naja – lendário grupo do rock roraimense dos anos 80 – e ex LN3 – banda que foi a pedra da gênesis do rock autoral made in Roraima) e ALEXANDRE “SERROTÃO” HORTA nas guitarras (ex LN3, um dos organizadores do 1º Fest Rock da praça Ayrton Senna e criador do portal roraimarock.com.br).
Jorge Hollanda, Rodrigo Mebs, Humberto Cabellera e Alexandre Horta
Créditos: Victor Matheus
O nome DITAMBAH surgiu da derivação da expressão “BANDA DITAMBAQUI”, durante uma conversa entre o vocalista Rodrigo Mebs e o baixista Jorge Hollanda, temperada com heinekens e a famosa iguaria gastronômica local, banda de tambaqui na brasa, feita pelo próprio Rodrigo Mebs.
A princípio a banda se chamaria DITAMBAQUI, mas após alguns ajustes ortográficos se tornou por definitivo DITAMBAH, uma palavra que remete perfeitamente a proposta da banda, que é mesclar o som pesado, por hora tribal (num sentido mais sonoro), a poesia concretista, leminskiana, subersiva e contemporânea de Rodrigo Mebs. O estilo da banda é bem singular, ecoando em certos momentos a veia grunge mais pesada de bandas como Alice in Chains e Soundgarden e a morbidez obscura do Black Sabbath nos riffs, a bateria mais urgente do punk rock ramônico em certos momentos, e estupidamente agressivo e sepultúrico em outros, acompanhado do baixo “estalado” e “na cara” bem estilo setentão, dando base para os poemas, agora musicados, de Rodrigo Mebs, que tornam esse caldeirão sonoro-poético um verdadeiro e precioso preparado musical made in Roraima.
Banda Ditambah - Créditos: Victor Matheus
Mais incrível no som dos Ditambah’s é que mesmo soando agressivo, e com letras por hora difíceis de ser compreendidas pelo seu conteúdo ácido e metafórico, o som da banda soa deliciosamente atual e pop, agradando em cheio a massa headbanguer, principalmente pelo peso dos riffs, e certamente catequizando os rockers mais jovens, acostumados a bandinhas enlatadas que tocam nas rádios e na novela malhação.
Ditambah pré produzindo o primeiro EP no Estúdio Parixara
Créditos: Victor Matheus
O repertório dos Ditambah’s contabilizada até agora 6 composições autorais prontas para ganhar o mundo, com letras de Rodrigo Mebs, algumas extraídas do seu livro POR AMOR OU POR VÍCIO, como a autobiográfica DESAGOSTO. O destaque fica para a música A MENTIRA QUE NÃO QUER CALAR, um verdadeiro tapa com luvas de brita na moral religiosa disfarçada que suga as mentes alienadas de nossa sociedade, sendo a forte candidata ao primeiro hit do grupo.
Confira parte do ensaio de pré produção da banda Ditambah no Estúdio Parixara
Enquanto A DITAMBAH prepara sua estréia nos palcos, previsto para o início de 2013, foca os trabalhos intensificando os ensaios e a pré-produção do seu primeiro EP, ainda sem título, a ser gravado no Estúdio Parixara, com produção de NETO BARAÚNA (banda Garden), e lançamento pelo SELO RORAIMAROCK DISCOS. A banda ainda participará da coletânea RORAIMAROCKNROLL VOL.1, do Selo Roraimarock Discos, com duas músicas que serão compartilhadas também no EP.
A Ditambah é um daqueles grupos que provocam um estado alterado na primeira audição, hipnotiza seu ouvinte e traz novo gás a cena rock roraimense, e como o próprio grupo afirma “em rio que tem piranha, jacaré nada ditambah”. Aos ouvidos mais desavisados, cuidado! Em breve poderão ser arrebatados para o ministério intergaláctico do reino Ditambah.
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