17 de ago. de 2011

COLUNA FALO MESMO: HISTÓRIA DO ROCK - PARTE 2


A HISTÓRIA DO ROCK - PARTE 2: À PARTE: THE BEATLES

Com Ellen Carmaine
Antes de tudo, agradeço a todos que estão acompanhando a minha coluna. Estamos aqui pra unir e não pra separar, tudo pelo Rock Roraima!

Continuando…

The Quarrymen - O embrião dos Beatles 

Paralelo ao movimento americano, o rock já se esticava na Europa, com força total. Desde o início da década de 1960, os pubs londrinos já ferviam. Novamente, vemos aqui um rock de protesto. A corrida nuclear, a II Guerra, o colonialismo, entre outros motivos, sempre alimentavam a produtividade musical inglesa. A classe que ascendeu na Inglaterra foi à operária que, sob a influência do blues, deu os primeiros passos para o surgimento de importantes grupos de rock. Inclusive, uma cidade operária - Liverpool - foi o berço de uma das principais bandas da história do rock mundial: The Beatles.

Em 1956, uma reunião de amigos, ainda com o obscuro nome de "The Quarrymen", com John Lennon, Paul McCartney e George Harrison nas guitarras, Stu Sulcliffe no baixo e Pete Best na bateria, ditava o que seria a primeira formação da banda que mudaria as regras do rock mundial. Em 1960, após a escolha de um novo nome, os meninos decidiram ser uma banda profissional de rock'n roll. Sendo assim, nascia "The Beatles". O nome da banda veio de uma combinação da palavra "beetle (besouro) com uma expressão comum à época para o rock: música beat. O nome também é uma homenagem ao grupo de Buddy Holly, Crickets (grilos). Em 1962, encontraram em um show na Alemanha, Ringo Starr, que tocava na banda Hurricanes, quem assumiria pouco tempo depois, as baquetas beatleanas. Neste mesmo ano, o grupo entraria nos lendários estúdios Abbey Road, para a gravação do primeiro compacto. Nessa época, Stu deixaria os baixos e Paul assumiria seu lugar.

Brian Epstein - O Quinto Beatle 

Com o single "Please Please Me", os Beatles alcançariam o topo das paradas britânicas, tudo com a ajuda de Brian Epstein, empresário da banda e considerado o "quinto beatle", por sua disposição e talento em vender a imagem do grupo. Um ano depois do primeiro single, a Beatlemania eclodiria a Inglaterra. Cientes da popularidade dos meninos, Brian e o produtor George Martin, da EMI, decidem levá-los para os Estados Unidos. Em 1964, quando muitos dos que estão lendo neste momento a minha coluna nem pensariam em nascer, os Beatles conquistavam a América com a música "I Want to Hold Your Hand". Desde então, alastrou-se por todo o mundo, apresentações em TV, produções cinematográficas e shows "ensurdecedores" dos "Fab Four", como eram conhecidos.

O disco "Rubber Soul", em 1965, veio para mostrar o amadurecimento musical dos Beatles. Músicas como "Nowhere Man" e "Norwegian Wood" já demonstravam as novas linhas de composição da banda. Em 1966, Revolver confirmava a mudança de direção, iniciada no álbum anterior. Experiências lisérgicas e culturais, a aparição de George Harrison como compositor e a quase dissolução da dupla Lennon/McCartney marcariam neste álbum. Junto com tudo isso, ainda veio a decisão de parar com as turnês. Nisso, cada beatle resolveu se isolar por um tempo. Lennon conheceu Yoko Ono; Harrison viajou para a Índia, Paul voltou a estudar artes e Ringo saiu de férias. Em 1967, eles se reuniram, novamente, para a produção do álbum que mudaria os padrões do rock: o experimental Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. "Apropriadamente chamado de cabaré alucinatório (...) o álbum dá a idéia de um concerto o vivo – o barulho de público e a faixa título introdutória são seguidas pelo resto das canções, por um refrão final de Sgt. Peppers, e o bis, ou epílogo, A Day in the Life."

Capa do Sgt. Peppers - Considerado por muitos
o maior disco de rock de todos os tempos 

O álbum, na verdade, foi a materialização de uma fantasia dos quatro integrantes, que introduziram elementos artísticos inovadores. Fizeram como colagem. George Martin foi fundamental para que as experimentações, possivelmente, realizadas. Dentre as músicas gravadas existem algumas curiosidades como na música "A Day in the Life", onde a banda introduziu, ao final, uma nota audível somente pelos cachorros; realmente, fica a impressão de um espaço vazio quando se escuta essa música. A capa, também, traz a personificação da colagem onde vários personagens admirados pelos Beatles, como Karl Marx, Jung, o Gordo e o Magro, Aldous Huxley, Bob Dylan e Rolling Stones, povoam a colagem de um retrato acima de um jardim de maconha (algo imperceptível aos executivos da gravadora). Neste mesmo ano, os Beatles são atraídos pela meditação transcendental do guru Maharishi Mahesh Yogi. Enquanto buscam por uma regeneração espiritual, recebem a notícia de que Brian Epstein havia morrido, por excesso de remédios para dormir. Talvez, um presságio para a dissolução da banda.

Em meio à perda de Brian Epstein e a decepção com o guru Maharishi Mahesh Yogi (o interesse do guru por autopromoção logo veio à tona), a banda retornou à Inglaterra para se dedicar a expansão dos negócios da Apple, empressa que haviam fundado em 1967, para cuidar do marketing dos Beatles. O desenho animado "Yellow Submarine" resultaria em uma "festa colorida para olhos e ouvidos". Em novembro de 67, lançariam o "White Album", um álbum duplo, o que seria o último álbum inédito lançado pela empresa Apple. As coisas já não andavam muito bem entre os integrantes. Cada vez mais os Beatles se afastavam um dos outros. Tentaram realizar um grandioso projeto chamado Get Back, em 1969, mas não deu certo. O projeto iniciou em Janeiro, mas as gravações foram abandonadas no dia 30, quando os Beatles promoveram um show no telhado do prédio da Apple, o que seria a última apresentação dos Beatles. O compacto Get Back/Don't Let Me Down, com resquícios de gravações, foi lançado em Abril no mesmo ano, somente para agradar aos fãs. Em 1970, os Beatles anunciam oficialmente o seu fim.

Mas, nem tudo são Beatles… Muitas pedras rolaram na Inglaterra!

Continua...

Fonte: História do Rock (www.clubrock.com.br)

*Ellen Carmaine é produtora musical da produtora cinematográfica da Camera Pro Films, guitarrista da banda Klethus e, nas horas vagas, gosta de navegar na internet garimpando novidades musicais. 

5 comentários:

Nathalia disse...

Muito bom o texto! =D

Cesar... disse...

Yellow Submarine dos Beatles e White Rabbit do Jeferson Airplane são as duas músicas mais psicodéLSDcas da história do rock \m/

Brendo disse...

legal essa postagem, continua trazendo ótimas notícias sobre a história do rock que alguns precisam saber.

Ellen Carmaine disse...

Valeu a todos pelos comentários! Com certeza, a ideia é essa: trazer um pouco de conhecimento sobre a origem do rock pra todos que ainda não conhecem e quem já conhece, relembrar os velhos tempos! Abraços!

Anônimo disse...

LIXO....